Remoção de película. Pode?

Remoção de película. Pode?

Em nome da segurança, boa parte dos brasileiros opta pela aplicação de película nos vidros dos veículos. No entanto, ao contrário do que se imagina, existem aqueles que preferem manter a originalidade do componente, seja por dificuldade de enxergar, por não curtirem, ou apenas por estética.

Mas o que fazer se você comprou um carro usado (ou seminovo) que possua insulfilm? É possível retirar? Quais os riscos? É caro?

Para responder tais dúvidas saímos pelo Grande ABC atrás de lojas especializadas no assunto. E encontramos! Localizada em Santo André, a Attitude Sound cobra, no mínimo, R$ 40 para fazer o serviço. Isso porque tudo depende do modelo do carro, afinal, o trabalho é praticamente dobrado quando comparamos, por exemplo, um Fiat Cinquecento (modelo que você vê nas fotos) e um Chevrolet Trailblazer. Neste caso, o custo sobe para R$ 80.

Em relação ao tempo de serviço, a remoção de película leva, em média, 40 minutos. Mas a espera pode chegar a mais de uma hora e meia, dependendo da quantidade de vidros e do tipo de aplicação e qualidade da película, ou seja, quanto mais velho, mais difícil fica. “Se o produto foi aplicado há mais de dez anos provavelmente esteja ressecado e formando bolhas, o que compromete o trabalho e oferece riscos, como a danificação do desembaçador traseiro”, explica Andrew Pereira da Silva, proprietário da loja.

É isso aí, esse é o grande vilão da história quando se fala em remoção (ou troca) de película. “Na retirada do material, o vidro pode sofrer um forte impacto e danificar a sensibilidade do desembaçador, fazendo com que não funcione mais. O ideal é ligar o desembaçador por uma hora (para que a cola da película seja aquecida e solte do vidro), evitando o forte impacto. Após este período, o material pode ser retirado de maneira delicada”, esclarece Rafael Ulba, diretor comercial da Projeto IN, também localizada em Santo André. Lá, o serviço custa entre R$ 50 e R$ 100.

PASSO A PASSO

Apesar de requerer boa dose de cuidado, o serviço é bem simples. De início usa-se um soprador térmico para amolecer a cola do insulfilm. Depois disso, basta retirar os cantos, com cuidado, e ir puxando vagarosamente. Os excessos de cola são retirados através de uma lâmina especial que – ao contrário do que pode parecer – não arranha nem danifica os vidros.

Na sequência, o ideal é passar um pano úmido com álcool. “O produto deixa os vestígios de cola esbranquiçados, o que facilita a remoção de resíduos”, frisa Silva.

Vale ressaltar que o ideal é nunca tentar fazer este procedimento em casa, pois a má utilização de ferramentas de limpeza (como lâminas e buchas) pode acarretar em riscos nos vidros.

VIDRO DIANTEIRO

Para os casos de remoção de película do vidro dianteiro, o procedimento exige ainda mais cuidado. Portanto, antes de pensar nessa ‘economia’, lembre-se que o serviço malfeito pode sair caro, afinal, além de exigir troca, parabrisa danificado é passível de multa. Segundo a resolução 216 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), transitar com algum dano no componente que comprometa visibilidade do motorista é infração grave, acarretando em multa de R$ 127,69 e cinco pontos no prontuário do condutor. E o veículo ainda é retido para regularização.

Sendo assim, para evitar esse tipo de intempérie, a dica é trocar a película em locais especializados a cada cinco anos e, jamais, passar produtos químicos. Limpeza, somente à base de água.

Fonte: Diário do Grand ABC
Link: http://www.dgabc.com.br/Noticia/514988/remocao-de-pelicula-pode

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